Um estandarte para o ódio e a
ordem,
vestido com uniforme, sufocando o
pescoço e o peito,
com o brilho
polido das botas e no olho gelado do aço.
A ordem é em código: com
propaganda o pecado vira atração,
e a fúria um grito uníssono da
maioria, descendo como fogo do céu.
Um estandarte para o ócio e explosões
que varrem as cores desses largos
espaços fechados,
restando apenas cinzas de um
passado incinerado.
A sentença, a prece, o slogan, o
mandato, o sermão, o planejamento, o toque de recolher,
um homem e uma
mulher...
Estandartes da cólera e do pecado
– vermelhos.
Eles passam acelerando o tempo que
poderia terminar com esperança,
mas que morreu sufocado.
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