A confusão da doutora ficou evidente por seus olhos, que foram de um lado ao outro em seu escritório. Ela estava sentada em uma cadeira confortável e eu estava reclinado num divã. A encenação era para ela, mas com certeza eu estava sendo analisado. Ela queria ter certeza que eu tinha emoções; uma certeza que eu apenas acabara de adquirir, mas meus olhos não iam de um lado ao outro como os dela. - Poderia explicar, Ikai? - Creio que será confuso, doutora. - Eu aceito o desafio – ela deu um gole de chá e pousou a xícara na mesa, decidida. Seus olhos se fixaram diretamente nos meus. - Doutora, os humanos possuem espírito? - Peraí Ikai! Você não disse que ia ser tão confuso. Além do mais, nosso assunto não são as pessoas. - Eu prometo que a metáfora fará sentido. Ela me fitou sobre os óculos e deu mais um gole de chá, dessa vez mais longo. O calor embaçou de leve as lentes. - Bom, Ikai, Como uma cientista eu sou obrigada a fornecer uma re