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Mostrando postagens de outubro, 2016

Justa Causa

Minha justa causa é um luto pelos heróis de papel que morreram, pelos carros de brinquedo incendiados, pelo medo de demônios que em garotinhas se esconderam, e pelo excesso de repetição nas palavras achadas nas minhas posses, em meio às que outros escreveram. Os velhos desenhos de velhos e guerreiros com espadas estão na cruzada de se manterem válidos e vivos no arquivo morto do cotidiano de quem cresceu e acumulou coisas demais na gaveta, memórias pesadas e coisas de menos na prancheta. Mas são lutas crônicas cansadas.  Minha causa justa é o nascer. Descobrir o novo no antigo, É reabrir o livro, e se chocar Com as palavras cansadas de usar É botar pilhas novas no walkman E ouvir aquele disco favorito E com um sorriso... Ainda se fascinar. As personagens que usam máscaras Os guerreiros com espadas As lutas na campina O som dos tambores ao alvorecer Tudo isso vive em mim. Em meio a uma historia sem fim Também derrubo meus leões no coliseu, Tenho minhas

Pra deixar de ser porco

Uma ducha pra revelar o que em cada poro está escondido. Um banho pra limpar da poluição do cotidiano. E o porco Orwelliano  que andava em duas patas dava ordem em novafala como se fosse um humano. Instituiu: Todos animais são iguais, mas uns são mais iguais  que outros tantos. Tomei um banho.